Guia ensina como cuidar, evitar cicatriz e mais. Veja!

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29488Enfermeiro lista os principais sinais de infecção e dá dicas para limpar a lesão

Interrupção na continuidade da pele, as feridas pode ser causadas por traumas, acidentes, cirurgias ou doenças. Na maioria das vezes elas são superficiais e de simples tratamento, mas é preciso ficar atenta a cicatrização e reincidência do problema.

Antônio Rangel, o enfermeiro especialista em feridas da Membracel, responde mitos e verdades sobre feridas de pele e dá dicas para evitar a formação de cicatrizes.

Limpeza da ferida

Segundo o especialista as feridas podem ser lavadas. “Para lesões acidentais, como cortes e “ralados”, lavar o local com água e sabão é o primeiro passo para higienizar e tratar o problema”, ensina ele. Contudo, as feridas, principalmente crônicas, não devem ser lavadas durante o banho porque a água fica contaminada com a sujeira do nosso corpo, o que pode acabar causando contaminação.

Ainda de acordo com o enfermeiro, a temperatura da água usada na lavagem da ferida pode facilitar o processo de cicatrização. “O organismo trabalha em temperatura corpórea de 36 graus para manutenção e reestabelecimento da integridade da pele. Quando a ferida é resfriada durante o processo de limpeza, o corpo demora mais para entrar na temperatura adequada, retardando as reações químicas relacionadas à cicatrização”, explica.

Curativo

A função básica do curativo é evitar a contaminação da ferida e absorver a secreção. Segundo Rangel, o melhor curativo depende do tipo de ferida a ser coberta. “Nas mais simples, podem ser feitos curativos com gaze. Para as mais complexas, é necessário consultar um profissional da área da saúde que irá indicar o curativo mais adequado e a frequência de troca”, afirma. Se o curativo molhar, o mais indicado é trocá-lo assim que possível.

Sinais de cicatrização

“Quando a dor diminui, o tamanho da lesão reduz e surge aquela pele dura e vermelha é sinal de que o processo de cicatrização já está acontecendo”, diz Rangel. O especialista explica que nessa fase acontece a migração de células de defesa para o leito da ferida que irão realizar a limpeza e controlar a contaminação da ferida. Depois, acontece a fase de granulação em que acontece a formação do tecido base para a cicatrização.

Sintomas de infecção

Segundo o especialista, aumento da dor, calor e rubor ao redor da ferida sã os principais sintomas de uma possível infecção. “Embora sejam sintomas comuns ao processo de cicatrização, se forem excessivos podem ser sinal de infecção. A presença de pus na ferida e a febre também indicam que algo não vai bem”, completa.

Alimentação e cicatriz

De acordo com o enfermeiro, a alimentação pode ser grande aliada no processo de cicatrização. “A proteína é a responsável pela reconstrução da pele e a vitamina C atua ajudando na formação do colágeno”, ensina.