Dilma demite ministro da Saúde por telefone e acelera reforma

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Pela manhã, a presidente reuniu-se com o vice-presidente da República, Michel Temer, para tratar sobre as mudanças em ministérios.

A presidente Dilma Rousseff demitiu por telefone o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Na conversa, que ocorreu na manhã desta terça-feira, a presidente apenas informou ao ministro que precisava do cargo.
Em entrevista dada ao jornal O Estado de S.Paulo na segunda-feira, Chioro havia afirmado que qualquer pessoa que ficar à frente da pasta enfrentará, no próximo ano, uma situação difícil caso a proposta de Orçamento seja aprovada no Congresso da maneira que foi enviada. Segundo ele, os recursos reservados para a área de média e alta complexidade pagam as despesas somente até setembro.

O cargo de Chioro deverá ser ocupado por um integrante do PMDB. A mudança é um arranjo para o governo obter maior apoio no Congresso.

Antes de contatar Chioro, Dilma teve um primeiro encontro com seu vice, Michel Temer, na manhã desta terça, menos de 12 horas depois de desembarcar em Brasília. Os dois tiveram uma rápida reunião no Palácio do Planalto para conversar sobre a reforma ministerial.

Para superar o impasse com o PMDB, a presidente sinalizou que estaria disposta a dar sete ministérios à sigla. Até agora, ela trabalhava com o número de seis pastas. Assim, ficaria mais fácil atender à demanda dos deputados peemedebistas, que exigem comandar dois ministérios, além da bancada do partido no Senado e do grupo do vice.
No encontro, Dilma garantiu a Temer que quer prestigiar todas as alas do PMDB na reforma e disse que foi aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros aliados a ampliar o espaço da legenda no governo.

Segundo auxiliares de Temer, ele saiu convencido de que a presidente está disposta a resolver o problema com o PMDB e a contemplar todo o partido na reforma ministerial.

Autor: Da redação com Estadão/Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados